quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Células estaminais


As células estaminais são células extraordinárias cujo destino ainda não foi "decidido". Podem transformar-se em vários tipos de células diferentes, através de um processo denominado "diferenciação".
Nas fases iniciais do desenvolvimento humano, as células estaminais do
embrião "diferenciam-se" em todos os tipos de células existentes no organismo - cérebro, ossos, coração, músculos, pele, etc.
Os cientistas estão entusiasmados com a possibilidade de controlar o espectacular poder natural destas células para curar vários tipos de doenças. Por exemplo, as doenças de Parkinson e
Alzheimer resultam de lesões em grupos de determinadas células no cérebro. Ao fazer um transplante das células estaminais de um embrião para a parte do cérebro com lesões, os cientistas esperam substituir o tecido do cérebro que se perdeu.
Num futuro próximo, a investigação das células estaminais poderá revolucionar a forma de tratamento de muitas "doenças mortais" como, por exemplo, acidentes vasculares cerebrais, a diabetes, doenças cardíacas e até mesmo a paralisia.
As atitudes relativamente à utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e tratamentos médicos variam de país para país. Na Alemanha, por exemplo, a remoção de células estaminais de um embrião humano é considerada ilegal.
Na Grã-Bretanha é legal mas, de acordo com regulamentos rigorosos, os cientistas britânicos podem utilizar embriões humanos para investigação até 14 dias após a
fertilização. Nesta altura, o embrião é uma bola de células com cerca de um quarto do tamanho de uma cabeça de alfinete (0,2 mm).Muitos países ainda não possuem leis claras que regulem a investigação de células estaminais humanas.
Uma vez que a utilização de embriões é uma questão controversa eticamente, os cientistas em todo o mundo estão à procura de outras fontes de células estaminais. As células estaminais encontradas na medula óssea dos adultos são uma possibilidade. Estas células têm o potencial para se "diferenciarem" em diferentes glóbulos vermelhos ao longo do ciclo da vida.
Contudo, é provável que as células estaminais dos embriões apresentem, entretanto, as perspectivas mais imediatas para novos tratamentos e curas.
No futuro, os cientistas esperam manipular estas células estaminais adultas para que, em vez de produzirem apenas glóbulos vermelhos possam produzir células do cérebro, fíga do, coração e células nervosas.